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Próteses

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Olho biônico australiano promete restaurar a visão de pessoas cegas

Olho biônico australiano promete restaurar a visão de pessoas cegas

Sistema Gennaris, da Universidade de Monash, marca um salto na neuroengenharia aplicada à medicina

Mateus Salgado

Mateus Salgado

Mateus Salgado

20 de mai. de 2025

20 de mai. de 2025

20 de mai. de 2025

Pesquisadores australianos avançam no desenvolvimento de uma prótese cerebral que contorna o nervo óptico e envia imagens diretamente ao cérebro, prometendo devolver a visão a milhões de pessoas cegas no mundo.


A engenharia por trás do impossível


Desenvolvido por cientistas do Bionics Institute e da Universidade de Monash, o sistema Gennaris representa um divisor de águas na união entre neurociência, engenharia biomédica e inteligência artificial. A tecnologia se baseia em uma câmera externa, conectada a uma unidade de processamento visual, que traduz imagens captadas em sinais neurais. Esses sinais são enviados a um implante cerebral posicionado no córtex visual, que interpreta as informações visuais mesmo em pacientes com o nervo óptico comprometido.


Esse avanço elimina a dependência dos olhos como único canal visual, demonstrando que a visão não está nos olhos, mas no cérebro. Com mais de uma década de pesquisa, o Gennaris já passou por testes bem-sucedidos em modelos animais e está prestes a entrar em fase de ensaios clínicos em humanos, com foco inicial em pessoas com cegueira adquirida irreversível.


Conectando tecnologia, esperança e neurociência


Ao contornar completamente o nervo óptico e interagir diretamente com o córtex cerebral, o Gennaris redefine os limites da reabilitação sensorial. Cada eletrodo implantado no cérebro atua como um pixel, permitindo ao paciente formar imagens visuais a partir de padrões de luz. Embora a resolução ainda esteja distante da visão natural, a perspectiva de uma percepção visual funcional já representa um marco revolucionário para milhões de pessoas cegas.


Além disso, o projeto representa uma plataforma para futuras aplicações: a mesma tecnologia pode, no futuro, ser adaptada para tratar outras condições neurológicas, como epilepsia e paralisias. A engenharia médica caminha rapidamente para redefinir o conceito de acessibilidade e autonomia humana.


Do laboratório à realidade clínica


A iniciativa liderada pelo Monash Vision Group conta com apoio de instituições governamentais e privadas, incluindo empresas de inovação tecnológica e centros hospitalares de referência. A expectativa é de que os testes clínicos em humanos comecem ainda nos próximos anos em Melbourne, na Austrália. O objetivo? Provar que é possível restaurar a visão sem depender dos olhos.


O sistema Gennaris traz não apenas esperança a quem perdeu a visão, mas inaugura uma nova era em que a bioengenharia, a neurociência e a tecnologia trabalham juntas para reconstruir capacidades humanas. É a ciência, mais uma vez, desafiando os limites da biologia com engenhosidade, precisão e propósito.

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