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Missão Chang’e-6: Coleta de Amostras da Lua Promete Revelações Científicas Inéditas

A cápsula de reentrada Chang'e-6 retorna à Terra com amostras da bacia lunar mais antiga, oferecendo novas perspectivas sobre a história do Sistema Solar.

Redação E.N

25 de jun. de 2024

2 min

Missão Chang’e-6: Coleta de Amostras da Lua Promete Revelações Científicas Inéditas Photo by:

A missão Chang’e-6 da China alcançou um marco histórico ao coletar amostras do lado oculto da Lua.

Com o objetivo de trazer até dois quilogramas de materiais escavados e perfurados na Bacia do Polo Sul-Aitken, a cápsula de reentrada está prevista para retornar à Terra no final de junho de 2024.

Este feito representa um avanço significativo na exploração lunar e pode fornecer insights valiosos sobre a formação e evolução da Lua e, por extensão, do Sistema Solar.

O Objetivo Científico da Missão

Crédito: Xinhua/Shutterstock

A Chang’e-6 visa explorar a Bacia do Polo Sul-Aitken, uma das maiores e mais antigas crateras de impacto da Lua. A análise das amostras coletadas pode revelar informações cruciais sobre a história geológica da Lua, incluindo a atividade vulcânica e os impactos de meteoros que moldaram sua superfície.

A região da bacia é particularmente interessante por sua diferença significativa em relação ao lado visível da Lua, que é dominado por grandes planícies de basalto chamadas de maria​;​.

Desafios Técnicos e Inovações

China divulga vídeo da sonda Chang'e-6 pousando no lado oposto da Lua

Operar no lado oculto da Lua apresenta desafios únicos, principalmente devido à necessidade de comunicação indireta com a Terra. Para superar isso, a China lançou o satélite relé Queqiao-2, garantindo comunicação estável entre a missão e o controle terrestre.

A missão Chang’e-6 é composta por quatro elementos principais: um módulo orbital, um módulo de pouso, um módulo ascendente e uma cápsula de reentrada​​.

Procedimento de Coleta e Retorno

Após o pouso bem-sucedido em 1º de junho de 2024, o módulo de pouso da Chang’e-6 usou um braço robótico e uma broca para coletar amostras de até dois metros de profundidade. Estas amostras foram então transferidas para o módulo ascendente, que as transportou para o módulo orbital. O

módulo de reentrada, carregando as amostras preciosas, deverá retornar à Terra e pousar na região da Mongólia Interior no final de junho​.

Impacto Científico Esperado

A análise das amostras da Chang’e-6 pode ajudar a responder perguntas fundamentais sobre as diferenças entre os dois lados da Lua e fornecer dados inéditos sobre a composição interna do satélite natural da Terra.

Além disso, esta missão pavimenta o caminho para futuras explorações lunares, incluindo a construção de uma base de pesquisa internacional planejada pela China para a década de 2030​​.

A missão Chang’e-6 não é apenas um triunfo tecnológico, mas também uma promessa de novas descobertas científicas que podem revolucionar nossa compreensão da Lua e da história do Sistema Solar.

À medida que aguardamos o retorno da cápsula de reentrada, a comunidade científica se prepara para estudar as amostras e decifrar os segredos que elas podem conter.

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