Engenharia Mecânica
25 de mai. de 2025
Entenda o que faz mais sentido para sua área de atuação e como migrar de um formato para o outro com leveza e estratégia.
Muitos profissionais têm optado por migrar do formato de trabalho tradicional com registro em carteira de trabalho (CLT) para investir em uma carreira com maior informalidade e sem vínculos empregatícios como microempreendedor individual.
Segundo um artigo publicado na FOLHA DE SÃO PAULO, o número de trabalhadores por conta própria no Brasil atingiu 24,8 milhões de pessoas, representando 28,3% da população ocupada.
O número de Microempreendedores Individuais (MEIs) no Brasil atingiu 15,8 milhões em junho de 2024, um crescimento de 86% em relação a 2019, quando havia 8,5 milhões de MEIs registrados. Desse total, 5,8 milhões possuíam CNPJ, enquanto 18,1 milhões atuavam de forma informal, sem registro.
Entenda as diferenças de cada modalidade e quais as vantagens e desvantagens de cada uma
CLT é a sigla para Consolidação das Leis do Trabalho, um regime jurídico que garante uma série de direitos trabalhistas, como: Ou seja, o profissional CLT tem uma relação de emprego formal, com segurança jurídica e benefícios garantidos por lei.
● Estabilidade e segurança jurídica: vínculo formal com a empresa e proteção pela legislação trabalhista.
● Benefícios garantidos por lei: Férias remuneradas com adicionais, 13º salário, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), licença maternidade/paternidade, seguro-desemprego, entre outros benefícios como auxílio alimentação, transporte e afins, previstos por lei aos trabalhadores.
● Contribuição para aposentadoria (INSS): feita em parte pela empresa que ajuda na aposentadoria do trabalhador à longo prazo..
● Rotina mais previsível: ideal para quem valoriza segurança e planejamento a longo prazo.
● Maior carga tributária para o empregador: o que pode limitar aumentos salariais ou benefícios extras, cada trabalhador nesta modalidade têm descontos que podem ultrapassar os 11% mensalmente que pesa em seus salários.
● Menor flexibilidade de horários e atuação: geralmente segue uma carga horária fixa e política interna rígida e com pouca autonomia sobre suas tarefas e rotina.
● Menor potencial de ganhos líquidos: o salário vem “limpo” sem que o funcionário se preocupe em pagar impostos, mas já com muitos descontos obrigatórios implícitos em seus contratos.
PJ significa Pessoa Jurídica. Nesse modelo, o profissional é contratado como prestador de serviço através de uma empresa própria (geralmente uma MEI, EI ou LTDA). Ele não tem vínculo empregatício, e a relação é regida por um contrato civil ou comercial. Isso significa mais autonomia, mas também mais responsabilidades.
Quem atua como PJ precisa: Emitir nota fiscal, pagar seus próprios tributos (como ISS, IRPJ, INSS autônomo, etc.) e administrar o próprio financeiro (inclusive férias e afastamentos)
● Potencial de ganho líquido maior: sem descontos de CLT, o valor acordado costuma ser mais alto nas contratações destes profissionais.
● Mais flexibilidade: de horários, local de trabalho e até escolha de projetos e rotina de trabalho
● Autonomia financeira: o profissional tem controle sobre seus rendimentos e pode planejar de forma mais estratégica seus passos de carreira.
● Possibilidade de múltiplos clientes: ideal para quem busca empreender ou atuar como consultor, projetista ou prestador de serviços de baixa carga horária.
● Sem direitos trabalhistas garantidos: como férias remuneradas, 13º, FGTS, etc.
● Gestão financeira por conta própria: é necessário se planejar para tributos, aposentadoria, férias e períodos sem contrato. Além de não ter benefícios como auxílio alimentação, convênio médico, transporte e seguros de vida, precisando lidar com esses gastos sozinho.
● Menor proteção em caso de desligamento: não há aviso prévio ou seguro-desemprego.
● Pode gerar informalidade se mal conduzido: quando há vínculo disfarçado de prestação de serviço (a chamada “pejotização” po “PJT”).
Sabe quando a vaga é PJ mas as obrigações de trabalho, carga horária e demandas cheiram à CLT? Essa moda tem crescido entre empregadores e gerado muita saia justa aos profissionais PJ,tenha atenção aos detalhes para não cair em uma cilada contratual.
As empresas devem seguir as regras contratuais para PJ e você precisa saber de seus direitos previstos por lei para que não caia num “vínculo empregatício” sem os benefícios que a CLT deve oferecer aos que são contratados neste formato.
Não há uma resposta certa em termos de qual formato funciona melhor para você.
Depende do seu estilo de trabalho e como gostaria de desenvolver sua carreira a médio prazo.
Outro fator importante para essa resposta é em relação à oferta de trabalho e formato que seu mercado geralmente seleciona, se é da área da tecnologia ou atua com projetos, muito provavelmente será arrastado para o formato PJ, enquanto outros modelos de trabalho mais tradicionais ainda seguem tendo o CLT como principal forma de contrato.
Fique atento aos diferentes formatos e busque o que faz sentido para sua carreira, o que é importante é que se adeque às necessidades de seu nicho de mercado para não ficar para trás na disposição de vagas ofertadas.